O coelho-bravo, espécie que vinha evidenciando uma recuperação notável nos ultimos anos, fruto do intenso trabalho que foi realizado pelas entidades gestoras de zonas de caça, enfrenta agora nova ameaça, em virtude de ter aparecido uma nova estirpe da doença hemorrágica viral que é responsável por taxas de mortalidade superiores a 80%.
Esta estirpe, detectada inicialmente em França, foi recentemente confirmada em Portugal e Espanha, com o aparecimento de um surto fortíssimo iniciado em finais de Novembro do ano passado na região de Mértola, alastrando-se um pouco por todo o território nacional, numa altura do ano em que nada o fazia prever.
Esta nova estirpe denotou possuir uma elevada virulência, causando grande devastação nas populações de coelhos.
Assim, muitas das zonas de caça que nessa altura tinham já parado de caçar, preservando importantes stocks para reprodução, vêem-se agora com as populações de coelhos francamente diminuidas, aguardando-se pelo desenrolar da época de reprodução e pelo surgimento de eventuais novos surtos de doença, para decidir se a espécie pode ser caçada esta época ou se terão de fazer um interregno que permita a recuperação das populações.
O surto inesperado de Novembro/Dezembro foi depois seguido de um outro, mais ténue, em Fevereiro, não se sabendo o que esperar até á abertura da caça.
Trata-se de um sério revés para muitas zonas de caça que tinham actualmene no coelho-bravo a sua principal fonte de rendimento, sendo igualmente preocupante o facto de esta nova estirpe atacar coelhos adultos e juvenis, quando as estirpes anteriores incidiam apenas sobre coelhos adultos, comprometendo assim a recuperação de novas populações através de coelhos juvenis.
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